
Gerson Bergher e o arquiteto André Orioli, vencedor do concurso realizado pela Prefeitura do Rio, em 2000.
Projeto a que se dedicou por longos anos, especialmente os últimos 16 de sua vida, desde a realização, por sua iniciativa, de um concurso realizado pela prefeitura do Rio de Janeiro na gestão de Luis Paulo Conde, para a sua construção, o Memorial às Vítimas do Holocausto legou à comunidade carioca, engajada nas causas democráticas e de herança contra o nazismo e de qualquer outra forma de discriminação e dominação pela força bruta, a missão de colocar em prática o último grande desejo de Gerson Bergher: finalmente realizar esta obra em local de boa visualização, fácil acesso e estrutura turística.
Depois de ter o primeiro local escolhido, na enseada de Botafogo, e sua terraplanagem iniciada, houve um retrocesso e as obras foram paralisadas. Apresentou-se a opção do monumento ser transferido para o Morro do Pasmado, que já recebera, também por iniciativa e luta de Gerson Bergher, o busto de Yitzhak Rabin, no parque de mesmo nome. Uma opção bastante coerente e justa, tendo sido apresentado pelo arquiteto André Orioli, autor da proposta original vencedora, o projeto de adaptação topográfica. Devido à divergências com o poder público da época, aventou-se até a hipótese de o Memorial ser construído no Bosque de Jerusalém, mas depois de mais de uma década chegou-se ao consenso quanto ao uso do deslumbrante cenário do Morro do Pasmado poder abrigar essa obra de grande valor simbólico, turístico e humanitário.
Aguardemos ansiosos e vigilantes a sucessão dos próximos acontecimentos.
Aqui podemos relembrar alguns momentos históricos e aspectos visuais desse projeto que, quando concluído, enriquecerá ainda mais o espaço urbano carioca e fará jus ao legado de perseverança, compromisso com as origens e o propósito da vida de Gerson Bergher.
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